Uma solução para as cólicas do bebê

Mamãe, seu bebê está sofrendo e mal dorme a noite? Se ele não apresentar febre ou nenhuma doença, provavelmente é por conta das cólicas que ele está chorando bastante e apresenta sinais de dor e irritação.

As cólicas costumam iniciar entre a 6ª e 8ª semana de vida dos bebês e estão relacionadas com o desenvolvimento intestinal dele. Mas eu sei que isso sempre desespera as mamães, principalmente, porque ao comentar isso com alguém, começam as opiniões: “não come chocolate”, “não come brócolis”, “o problema é o seu leite”, “dá um remedinho para ele”, “dá um chazinho que passa”, entre tantas outras “constatações” e faz com que você fique ainda mais confusa com o que fazer.

 

  • Afinal, o que eu preciso fazer?

Se você está amamentando, não precisa tirar tudo da sua alimentação! Caso haja algum alimento específico que você percebe que toda vez que come, seu bebê tem cólica, vale a pena não comer e ver se houve melhora. Se melhorar, pode indicar que o bebê tenha uma intolerância ou alergia àquele alimento específico. Para os que tomam fórmulas infantis, as hidrolisadas costumam ter melhor aceitação e diminuem os sintomas nesse período.

Mas o que realmente é bem evidenciado, tanto na prevenção, quanto no tratamento das cólicas do bebê, é a utilização de probióticos (L. reuteri)! Algumas terapias alternativas, como acupuntura, osteopatia e bolsas térmicas com água quente, também podem ajudar a aliviar os sintomas.

Procure um profissional para te ajudar com a suplementação de probióticos para o bebê e aliviar o sofrimento dele e o seu. Não precisa parar de amamentar, restringir toda a alimentação ou dar remédios e chás!

 

  • O problema dos chás para os bebês:

Temos que pensar que o organismo dos bebês é diferente do nosso, ele ainda está se desenvolvendo e por mais que existam diversas ervas com inúmeros benefícios por aí, não é desse jeito que funcionará com eles.

Há bastante estudos mostrando que chás são contaminados por fungos, que acabam liberando micotoxinas e prejudicam o intestino, fígado, rins. Nós, adultos, já estamos mais preparados para lutar com elas, mas pensem em um bebê recém-nascido!

O chá também ocupará um espaço no estômago do seu bebê, que consequentemente irá mamar menos e receberá menos nutrientes, eles aumentam o risco de diarréia, além disso, possuem compostos fenólicos, que atrapalham a absorção de cálcio e ferro. Esse conjunto acaba prejudicando o crescimento do seu bebê.

Eu sei que, principalmente os avós, falam para dar um chazinho para melhorar a cólica (e não os culpem, profissionais de saúde recomendavam isso nas maternidades há nem tanto tempo assim!), mas com todas essas informações que temos hoje, fica a reflexão do que vale mais a pena.

 

Camila Porto

Agosto Dourado

Estamos em agosto, e esse é o mês dedicado ao incentivo do aleitamento materno. O leite materno é considerado o melhor alimento do mundo, os benefícios da amamentação são diversos para o bebê e para a mamãe.

A OMS recomenda que os bebês sejam amamentados exclusivamente com leite materno até os seis meses de vida e mesmo após o início da alimentação complementar, que continue até pelo menos os 2 anos.

Ele protege o bebê de infeções e doenças do trato respiratório; modula a microbiota intestinal (o que é essencial para a imunidade); melhora o sistema cognitivo; previne anemia, diabetes, câncer, obesidade e alergias; melhora a aceitação dos alimentos durante a introdução alimentar; diminui cólicas e diarreias, entre diversos outros benefícios. A lista é realmente infinita!

Para a mamãe, a amamentação ajuda na contração do útero pós-parto, diminuindo os riscos de sangramento e possíveis anemias; protege contra câncer de mama e de ovário, diabetes, doenças cardiovasculares, além de criar um vínculo maravilhoso com o bebê.

Agora vamos aos fatos: a lista de julgamentos e opiniões sobre amamentação é tão grande quanto à de benefícios… por isso, vou esclarecer algumas coisas:

  • Não importa o local que esteja, se seu bebê estiver com fome, amamente ele, você deve ser respeitada em qualquer lugar!
  • Amamente em livre demanda. Seu bebê expressa quando está com fome e quando já está saciado. Pode ser que mame um pouco mais em um dia, um pouco menos no outro, não necessariamente com o mesmo período de intervalos.
  • Seu leite não é fraco! Somente ele tem todos os nutrientes (e água) na quantidade correta e na melhor biodisponibilidade para seu bebê. Sabia que ele vai se adaptando a cada fase do desenvolvimento?
  • Não se preocupe se você não tem mamas grandes ou elas não aparentam estar cheias o tempo inteiro. A maior parte do leite é produzida durante a sucção do bebê. É importante que a mama seja esvaziada para seu corpo produzir mais leite.
  • Sabia que seu leite funciona como uma vacina? Pois é, mas é muito melhor, pois ao invés de uma agulhada, seu filho está recebendo carinho! Muitos anticorpos que você já possui, são passados para ele (mas claro que alguns devem ser reforçados com as vacinas!).
  • Mamãe, você precisa de ajuda! Amamentar é uma tarefa que demanda muito tempo e sabemos que além do bebê, ainda há a casa para limpar, a comida para fazer, a louça para lavar, a fralda para trocar… são muitas tarefas que acabam caindo, muitas vezes, todas para a mãe e isso gera um estresse imenso. Só que o estresse pode interferir na sua produção de leite, então divida as tarefas e tire também um tempinho para cuidar de você!
  • Cuidar da sua alimentação, é fundamental, mamãe. Você gasta muitas calorias para produzir seu leite, mas a qualidade das gorduras dele e de algumas vitaminas dependem de sua alimentação. Por mais que o período favoreça o emagrecimento, beber bastante água e consumir prioritariamente frutas, legumes, verduras, cereais integrais, leguminosas, azeite e castanhas vão favorecer sua nutrição e do seu bebê!

Mas também sei que amamentar não é fácil, algumas mães não podem amamentar por ter alguma doença, tomar alguma medicação, têm que voltar a trabalhar e há aquelas que simplesmente não querem amamentar, e isso tem que ser respeitado. Para isso, as fórmulas lácteas são as adequadas para substituir o leite materno.

Tanto para os casos de dificuldade na amamentação, quanto para as interrupções, procurem profissionais para receberem as orientações corretas!

Camila Porto

Métodos de Introdução Alimentar

A primeira coisa que queria te falar, é que não existe certo ou errado, não haverá prejuízos escolhendo o método X ou Y. O mais importante é que tanto você, quanto seu filho, sintam-se seguros! Isso sim vai trazer os mais diversos benefícios dessa nova fase.

Mas agora vamos de fato aos métodos:

 

BLW:

  • A sigla BLW significa Baby-led Weaning, que em portugês seria traduzido para “Desmame guiado pelo bebê”, então nesse método, quem comanda é a criança. Os alimentos são oferecidos de forma com que o bebê consiga segurar, cheirar, explorar e comer. Esse método oferece autonomia para a criança, mas em contrapartida, muitos pais acabam ficando inseguros, com medo da criança engasgar ou pelo fato de brincarem mais com o alimento, do que de fato, comer.

Tradicional:

  • Como o nome já diz, é o método que sempre foi muito adotado, o mais conhecido por todos. Onde os alimentos são amassados e oferecidos pelos pais ou cuidadores, com o auxílio de um talher. É um método que traz mais segurança para os pais, eles estão ao lado da criança, acompanhando tudo, a alimentação é guiada pelos pais. O que é importante ressaltar, é que independente de ser oferecido com um talhar, esses alimentos não devem ser liquidificados e peneirado, mas sim amassados, em forma de purê.

Participativo:

  • O método participativo é a mistura dos dois anteriores. Ao mesmo tempo que os pais/cuidadores oferecem a papinha para o bebê, ele pode estar segurando o alimento que está sendo oferecido e explorando-o ou também pode estar com um talher e trabalhando sua coordenação para comer sozinho.

Independente do método que escolha para fazer a I.A, vale lembrar que ela é complementar! Principalmente até 1 ano, a principal fonte de nutrientes do bebê continua sendo o leite materno (ou fórmula infantil).

Com a ajuda de um profissional, escolha o método que mais se adequa à realidade da sua família, siga as orientações e curta muito essa fase. Vai sujar e fazer bagunça sim, faz parte, mas vai ser uma delícia ver seu bebê tendo novas experiências!

Camila Porto

Introdução Alimentar: o que saber antes de começar?

O período de Introdução Alimentar gera muita ansiedade e dúvidas em relação à quando começar, o que oferecer, qual a consistência e quantidade ideal, o que fazer com o leite, como oferecer… a lista de dúvidas é longa. Por isso que é necessário ter a ajuda e o acompanhamento de um profissional, já que quando bem orientada e realizada, ajudará a prevenir diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e diversas outras doenças futuramente.

É indicado iniciar a Introdução Alimentar a partir do 6º mês. Com essa idade, o sistema digestivo do bebê já está mais preparado para receber outros alimentos além do leite que ele já tomava, oferecer algo diferente do leite materno ou fórmula infantil, poderá causar problemas no desenvolvimento por desajuste de nutrientes, engasgos, sangramento nas fezes e isso não queremos de jeito nenhum para o nosso bebê.

Mas não precisamos iniciar no mesmo dia que o bebê fez 6 meses, é preciso que ele também apresente todos os sinais de prontidão, para que o processo seja seguro para a criança:

  • conseguir ficar sentado sozinho;
  • estar com a cabeça firme;
  • demonstrar interesse pelos alimentos quando vê outras pessoas comendo;
  • saber levar objetos/brinquedos à boca;
  • ter reflexo de protusão diminuído.

Com isso, seu bebê já pode começar a comer!

Camila Porto